domingo, 16 de agosto de 2015

O Canada que o turista não vê - New Westminster

Surpresa ao chegar: neve!
Não costuma nevar na costa do Pacífico, pelo menos não perto de Vancouver!
Posso dizer que foi um presente da natureza para mim. Em 28 de fevereiro de 2014.

Com uma população de aproximadamente 67 mil habitantes, situada a meia hora de Vancouver por metrô, e ladeando o rio Frazer, New Westminster possui um porto interligado ao de Vancouver e muitos, muitos parques. 
A população da cidade é de pessoas idosas, muitas aposentadas, vindas da casta do Atlantico, procurando um clima mais quentinho. Não há muitos empregos por aqui, embora haja duas boas universidades, que recebem também muitos estudantes estrangeiros. (um deles minha filhota, por isso passei a primavera aqui.)



Prenúncios de primavera - em semanas, a gente aconpanha a transformação das árvores nuas que se enchem de folhas, flores e frutos. Espetáculo novo para quem mora nos trópicos.




Este parque exibe essas placas de "Cuidado! Ursos!" Atravessando por ele, passei por uma ponte sobre um rio, e cruzei com uma moça empurrando tranquilamente um carrinho de bebe. Em uma das extremidades desse parque tem um imenso campo de basebol, com vestiários e arquibancadas. Bem, urso eu não vi nenhum, como essas placas estão por toda parte, acho que é um jeito de assustar turistas... Dar um clima, sei lá...


Passamos uma tarde chuvosa fotografando no Burnaby Park, e se não encontramos ursos, encontramos lesmas...e também abelhas, passarinhos encolhidos de frio, muitas flores e trilhas para explorar.









Burnaby Lake - imenso, rodeado por grande área verde selvagem. Meu ambiente, enfim.

Para ir ao Canadá, lembre-se de items essenciais: uma boa capa de chuva com capuz e uma bota de sola forte. Haja umidade, vento, chuva, lama etc...

Não resiste e usei o editor de fotos para transformar essa paisagem em uma quadro:



Em continuação ao Burnaby Park, é só atravessar a rua, encontramos outro lugar maravihoso.
 Chama-se Deer Lake
Este é um local bem agradável, onde há construções apropriadas para exposições, teatro, aulas etc... no interior desse mato que se estende à direita. Alimentar gansos e patos, corvos e gaivotas por aqui é uma diversão.






Alguns desses parques são imensos, do tamanho de seis ou oito quadras de prédios, tem escolas e áreas para piqueniques no interior.


Este é Moody Park, o que mais frequentei. É o parque que fica bem em frente ao local onde eu fiquei hospedada. Começar o dia com uma caminhada por aqui é tudo de bom. Curtindo o friozinho matinal.
Neste parque tem um centro comunitário ao qual eu me associei. Oferece um centro de lazer para jovens, um parque ao ar livre para crianças pequenas, quadras de tenis, um centro de lazer para adultos e outro para terceira idade, com várias salas de yoga (esse eu frequentei). biblioteca, lanchonete onde a comida é preparada e servida por voluntárias idosas, cursos de orientação para saúde visual, sala de leitura, salão de jogos,  organização de piqueniques, bailes e festividades variadas, grupos de caminhadas (esses eu também frequentei, muito animado, e todo mundo acima dos cinquenta anos). Um excelente modo de conhecer canadenses de verdade, falar ingles com pessoas nativas e conhecer a cultura local. 


Fim de tarde em Moody Park era esse espetáculo digno de um quadro.
E por toda parte esses esquilinhos comendo pequenas pinhas.







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Na quadra ao lado, havia uma biblioteca municipal, onde eu passava quase todo dia para usar uma hora de internet gratuita, ler jornais e revistas, e pegar a programação da semana. Fui a alguns encontros com escritores autografnado seus livros, assisti palestras de pintura e fotografias de viagens por pessoas da região, foi bem divertido e - mais uma vez - oportunidade de aprender a língua ouvindo canadenses falando. Na Biblioteca também há reuniões semanais com voluntários que ensinam inglês para estrangeiros, e conheci assim uma porção de chineses, japoneses e coreanos que se mudaram para lá. Aos sábados, levavam a família, havia pelo menos umas 20 pessoas em cada reunião. Também me inscrevi no Clube do Livro que acontece uma vez ao mes, para discutir um autor canadense atual, todos os livros - 25 era o limite - emprestado pela biblioteca. Essa foto aí embaixo era um gramado a caminho da biblioteca.



Duas quadras mais para baixo, havia o museu Irving House, que foi uma das primeiras construções - se não a primeira - datada de 1865. Essa casa pertenceu a um capitão escocês e o museu exibe fotos e objetos históricos da colonização canadense.






Como se vê, parque é o que não falta, cheio de canadenses admirando flores e esclamando: "Chegou a primavera". Detalhe: com os guarda-chuvas abertos, porque chovia quase que diariamente. Interessante é que aqui, quando o povo marca passeio ou envia convite, acrescenta: "o evento acontecerá COM chuva ou SEM chuva".



Esta Praça Toronto ficava no caminho para uma das faculdades, a Douglas College.


O rio Frazer em suas margens abriga um museu referente à navegação fluvial e biologia local, um pequeno e simpático centro de compras, e no seu passeio todo construído em madeira sobre a água, encontramos uma embarcação antiga para a alegria da meninada, que nela pode entrar e brincar Também exibe uma das estátuas de golfinho artísticamente pintadas - encontrei outras em Vancouver e Victoria. 


Abaixo flores que fotografei ao longo do passeio que margeia o rio. Bem longo, aí uns 3 km.



O que você com certeza encontra passeando pelo Canadá: pessoas passeando com seus cachorros, pessoas com copinhos de café nas mãos,  e natureza (flores, folhagens, árvores) por toda parte.

Fotos da entrada do nosso prédio:



E termino com fotos de nossa rua, com essa casinha que eu achei uma fofura.
Enfim, uma primavera molhada, fria, florida e bastante canadense.







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