quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Eze - uma cidade especial nos Alpes Franceses.

fotos de Fernanda Rodrigues Vieira.


Esta cidade remonta ao tempo dos fenícios, e, como outras nos Alpes, obedece ao padrão: rochedo encimado por castelo, cidade circular ao redor do topo, caminhos que vão dar ao mar. Detalhe: a uma altitude de 700 m, caminhar até o mar não é o problema, mas voltar é que são elas.



Eze é bem alta, e o passeio judia muito, porque, embora fosse primavera, durante o dia é bem quente. E tudo o que se visita é ladeira acima – castelo, mirante, jardim exótico...
Para os entusiastas, há o ‘caminho de Nietzsche’, o trajeto que o filósofo gostava de fazer quando morou lá, enquanto conversava com Zaratustra a respeito do Super-Homem (o dele, não o americano!). A paisagem é, realmente, inspiradora. A mim inspirou um bom almoço, com suco geladinho para repor as calorias perdidas em caminhar ao sol.

O Chateau Eze é um restaurante que oferece uma vista espetacular. Hoje é um restaurante, foi construído há 400 anos atrás pelo rei Guilherme da Suécia, que gostou do local.


Em algum momento da subida, encontramos um gracioso cemitério, que começa a ser poético a partir da porta – coisa estranha, portas em um lugar onde ninguém quem está de fora não quer entrar e quem está dentro não pode sair...porém, em Eze, até a vista do cemitério é agradável, e lá estão enterrados alguns artistas que lá escolheram viver.

 Além das lojas de artesanatos magnífica, dos ateliers, há duas filiais das fábricas de perfumes situadas em Grasse – a primeira delas é a Fragonard.

A história do perfume, na França, começou com os pelotiqueiros. A pedido do rei de França, que não gostava de ficar com as mãos cheirando a couro, eles começaram a perfumar as luvas, com resinas sólidas que permaneciam em contato com o couro.

A visita é gratuita, e ao final você pode comprar os produtos a preço promocional. Vale a pena!

O senteur (o perfumista cheirador) deve ser capaz de identicar pelo olfato cerca de 2000 fragrâncias e trabalha apenas 4 horas por dia, para não desgastar o olfato. Ganha bem e deve ter vida regrada – não tomar café, vinho, substâncias de gosto forte que possam alterar o paladar; não deve fumar nem ingerir álcool.



Também em Eze encontra-se outra loja de perfume muito boa, a Galimard. Nem vou dizer que fica perto, porque em Eze tudo é perto! Aqui pode-se ver a usina de perfume funcionando, os operários fazendo as pastas, moldando os sabonetes e dando os retoques mais finos manualmente. O visitante é convidado a cheirar algumas amostras e fazer alguns testes olfativos, para verificar se é capaz de reconhecer os aromas. Bem interessante. Há uma variedade maior de embalagens e presentes à venda.

Jean de Galimard, senhor de Seranon, viveu em Grasse e em 1747 fundou a corporação dos pelotiqueiros perfumistas, que fornecia os aromas à corte de Luís, o bem amado, em forma de pomadas, perfumes e azeites aromáticos.

A gente sai de lá cheirosa, em estado de Grasse ...


Eze é um poema de cidade, se puder passe lá um dia inteiro. Saí de lá encantada, e aposto que a Fernanda também.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Fotos de Mônaco - para completar a reportagem sobre os Alpes Marítimos, neste mesmo blog.

Complementando a reportagem anterior, coloco mais algumas fotos tiradas pela Fernanda, em nosso passeio a Mônaco.







Esse é o Cassino de Mônaco - o difícil é tirar uma foto sem carros passando na frente, nessa cidade lotada de turistas! Isso porque, no dia em que estivemos lá, a cidade estava meio vazia, por conta de alguma coisa acontecendo na Itália, que impediu muitos italianos de viajarem. Aliás, o que mais ouvi falar por aqui foi italiano, mais do que o francês. Lembrei, sim, do filme do 007, em que ele chega à noite, tira os pés de pato, sai do escafandro dentro de um terno lindo, e entra, todo inteiro, sem nenhum amassadinho, no cassino...coisas da minha época de moça.


 Essa é a catedral de Mônaco, em estilo românico bizantino, foi construída com pedras bem brancas. Essas pedras porosas, ouvi dizer, ficam mais brancas com o passar do tempo.






Esse prédio bonito é o Palácio da Justiça, feito com tufo marinho, que é uma mistura de pedras marinhas com restos de conchas de moluscos, e dá essa cor interessante.










 A Fernanda adora tirar fotos de peixes, coloco apenas essas três,

com peixinhos mais esquisitinhos de se olhar. À entrada do Aquário e Museu Oceanográfico de Mônaco, a grande sensação é passar a mão na cabecinha de tubarõezinhos que ficam nadando ali na entrada. A gente tem de lavar a mão antes de encostar nos animaizinhos.

Para ir a Mônaco, como estávamos em Nice, pegamos o trem, que vai lotado, não é confortável como os TGV, se puder ir de carro, vá, e aprecie a estrada chamada A Grande Corniche, aquela mesma que a gente está acostumada a ver nos filmes, ladeando o mar, com vista incrível, sentado, cheiroso, confortável.


Finalizando, Monaco está repleto de belos jardins, o mais alto é o de cactos, chamado Exótico, onde você também pode ver uma gruta onde foi encontrado um crânio humano da idade da pedra, ao lado de um museu de antropologia.
Como tínhamos apenas uma tarde, deixamos de lado museus, cassino, interior de palácios, abrimos exceção para o Museu Oceanográfico; e fomos passear de trenzinho, tomar sorvete, admirar os jardins, dos quais escolhi o Saint Martin para ilustrar com fotos:

  


 




domingo, 17 de agosto de 2014

Deliciosos pães australianos

O estilo de vida australiano é saudável, esportivo, descolado.
Eles tem várias receitas deliciosas, saudáveis, rápidas, simples de fazer.


Esses pães aqui são  deliciosos.
Eles embrulham em papel celofane ainda mornos, para que fiquem macios.
Ao servir, passam uma ligeira camada de manteiga e tostam levemente, só para esquentar.
Yumiii .... quer dizer, de li ci o so!


                      


Pão de banana (bananabread)


uma xícara e meia de farinha de trigo
uma xícara de açúcar
uma colher de chá de bicarbonato de sódio
uma colher de chá de fermento
meia colher de chá de canela em pó
meia colher de chá de noz moscada ralada
meia colher de chá de essência de baunilha
meia xícara de óleo vegetal (canola, milho, coco)
2 ovos grandes ligeiramente batidos
3/4 xícara de banana nanica madura amassada
uma xícara de mirtilos ou blueberries (opcional)


Mistura-se tudo, os ingredientes secos primeiro.
Leva-se ao forno em forma 22 x 12 x 7
Forno médio ou 175 ºC

Demora cerca de uma hora para ficar pronto.

                 


Pão de pêra (pearbread with raspberries)


825 g de pêras cortadas em cubos (guarde o caldo que sair ao cortar)
uma xícara e meia de farinha de trigo
1/3 de xícara de açúcar mascavo
meia colher de chá de bicarbonato de sódio
meia colher de chá de fermento
um ovo batido
meia xícara de óleo vegetal (óleo, canola, milho)
meia xícara de framboesas

Junte os ingredientes secos, depois os úmidos, por fim as frutas.
Leve ao forno médio 180ºC por cerca de uma hora.





Variações do bananabread:

Eu gosto de comer com doce de banana.

Também experiimentei colocar chocolate amargo em pó em um terço da massa, e deixar uma tirinha de massa mais escura em cima.




Bom apetite! 

sábado, 9 de agosto de 2014

Dieta do mediterrâneo – receitas de Nice




O Mediterrâneo é um modo de vida. Comer bem, passear, tomar sol, apreciar a beleza...enfim, o ‘ doce far niente’ mais modernamente conhecido como ócio criativo.

Sol maravilhoso, mar azul estonteante, produtos típicos e bem saudáveis, como o azeite de oliva, as azeitonas, legumes deliciosos, vinho...

Vou colocar aqui algumas das receitas que experimentei e aprovei:
Farcis

Socca

Pissaladière

Torta de blettes,

Salada niçoise 

Pão banhado.

A dieta é saudável. O turista anda muito para apreciar as paisagens e fica mais saudável pelo exercício.

Vamos às receitas:

                                                         Farcis -  (vegetais recheados)



Para rechear -  
a escolher: abobrinhas – tomates – pimentões – beringelas 
(aos tomates e pimentões, tira-se o chapéu e esvazia-se, aos outros legumes, corta-se ao comprido, e escava-se para rechear)

Recheio:

4 cebolas
8 alcachofras
2 limões
50 g cogumelos
1 gema
2 dentes de alho
tominho, salsinha, cebolinha, sal, pimenta, suco de limão.

(para os vegetarianos – pode-se acrescentar um queijo, a gosto;
não vegetarianos, pode-se acrescentar: carne moída, presunto, anchovas – a gosto)


Preparo:

Em uma panela, de áuga fervente, amacie as abobrinhas, pimentões e beringelas. Reserve.
Coloque os outros ingredientes bem picadinhos no azeite e refogue por cerca de 15 minutos.

Pré aqueça o forno.. 

Recheie, polvilhe com sal e pimenta e leve ao forno até doirar, em uma assadeira, que deve ser mantida umida – acrescente água quando necessário (cerca de 30 minutos no forno). 


Pissaladière  
(pizza de cebolas)

De acordo com Jacques Médecin, ex-prefeito de Nice e uma autoridade em sua cozinha, a camada de cebolas em uma pissaladière deve ser de metade da espessura da crosta.
O nome pissaladière vem de Pissalà que é uma pasta de anchovas e sardinhas que era produzida antigamente

massa:
  • 400 g de farinha de trigo
  • 20 g de fermento biológico fresco
  • +- 120 ml de água
  • 10 g de sal
  • 10 g de açúcar
  • 40 ml de azeite
  • 2 ovos
1. Em uma tigela grande, misture todos ingredientes exceto a água.
2. Junte metade da água e sove a massa com uma das mãos enquanto adiciona água aos poucos, apenas para dar ponto na massa.
3. Sove-a até que obtenha uma massa lisa que não grude muito na mão (não é obrigatório usar toda a quantidade de água, cabendo apenas ao ajuste da massa).
4. Cubra a massa com pano umido e deixe crescer até que dobre de volume.
recheio:
  • 4-5 cebolas médias
  • azeite a gosto (eles usam bastante azeite, de escorrer...)
  • 12 filés de anchovas em conserva (opcional)
  • 100 g de azeitonas pretas de boa qualidade
  • 30 g de alcaparras (opcional) 
  • alho
  • tomilho fresco
  • sal
  • pimenta do reino
1. Corte as cebolas ao meio, e fatie com espessura aproximada de 0,5 cm.
2. Em uma panela que comporte a quantidade de cebola, cubra o fundo com azeite, e adicione as cebolas, levando ao fogo médio apenas até que as cebolas murchem, sem que dourem. Tempere com sal e pimenta. Reserve.

montagem:

1. Abra a massa em uma assadeira untada com azeite, deve ter pelo menos 1 cm de espessura. Deixe fermentar novamente por cerca de 30 minutos.
2. Pincele a massa com azeite e disponha as cebolas.
3. De forma decorativa arrume o que preferir:  tomatinhos, anchovinhas, azeitonas, alcaparras, alho inteiro com casca, tomilho e louro. Regue com mais azeite e leve ao forno alto até que esteja com as bordas douradas. Sirva quente ou em temperatura ambiente.
Socca – uma espécie de panqueca de forno.


ingredientes :
250 g de farinha de grão de bico
500 ml de água
1 colher de café de sal fino
pimenta do reino em pó


Aqueça uma forma de pizza untada com azeite.

Em uma vasilha funda, coloque a água fria e dilua a farinha. Ajunte 2 colheres de sopa de azeite e o sal. Misture bem para não deixar grumos. Se necessário, peneire. A massa deve ter a consistência cremosa ; se ficar muito dura, acrescenta mais água.
Pré aqueça o forno em temperatura máxima por 10 minutos.
sobre a forma derrame mais ou menos 4 colheres de sopa de massa. Cozinhe por cerca de 5 minutos e espalhe de maneira homogênea.
Vã virando no forno a cada 2 minutos, até que a crosta esteja bem dourada, ou mesmo crestada dos lados. Durante o preparo, pode estourar com a ponta de uma faca as bolhas que se formaresm.
Tire do forno, corte e sirva com sal e pimenta ao lado, para quem comer polvilhar a gosto.

Opcional – colocar na massa pedacinhos de cebolinha ou de azeitonas picadas.

                                                                                 
Torta de blettes
          (blettes são as folhas da beterraba, mas podemos usar espinafre)
Ingredientes
·                          1 rolo de massa folhada
(se preferir, faça uma massa ‘podre’, ou pâte sablé)
·                          600 g de folhas (de beterraba, ou espinafre)
·                          1 cebola
·                          1 colher de sopa de mostarda
·                          1 colher de sopa de azeite
·                          30 g de queijo parmesão ralado
·                          50 g de amêndoas descascadas
·                          2 yogurtes naturais
·                          2 ovos
·                          60 ml de leite
·                          sal
·                          pimenta
·                          Noz moscada

Opcional – acrescente queijo de sua preferência ao recheio.

Limpe as folhas e pique grosseiramente. Pique a cebola. Doire as amêndoas no forno quente por alguns minutos.

Aqueça o óleo de oliva em uma frigideira, doire a cebola, ajunte as folhasm deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 15 minutos. Deixe esfriar e evaporar o líquido.

Abra a massa folhada. Forre uma forma de torta enfarinhada ou coberta com papel manteiga. Fure o fundo com uma garfo e pincele com a mostarda.

Em uma vasilha, bata os ovos, ajunte os iogurtes e o leite. Coloque sal, pimenta e noz moscada

Coloque as folhas já frias sobre o fundo da torta. Polvilhe com o queio parmesão e as amêndoas picadas. Cubra com a outra parte da massa.
.
Leve ao forno por meia hora.
Tarte de blettes sucrée

Esta é uma variação doce; usa-se uma massa doce, o no recheio, ao invés de temperos salgados, coloca-se pinoles. Ao desenformar, salpicar açúcar de confeiteiro.

As tortas são achatadinhas.






A salada niçoise.


Basicamente composta de ovo cozido, atum branco em azeite, azeitonas pretas, anchovas, tomate, cebola roxas em rodelas finas, pimentão em rodelas finas, aipo e um molho feito à base de limão, vinagre e azeite.
É um prato que permite variações porque tem uma espinha dorsal sólida, consistente, um conjunto cheio de harmonia, com sabores, texturas e cores diversas.

Ingredientes para 4 Pessoas:
· 4 tomates sem grainhas e partidos em gomos
· 1 cebola média cortada em rodelas
· 1 pimentão verde cortado em tiras finas
· 2 alfaces (só as folhas do centro)
· 4 hastes de aipo cortadas em rodelas
· 1 lata de atum médio
· 8 filetes de anchova
· 2 ovos cozidos cortados em gomos
 12 azeitonas pretas

Para o molho:
2 colheres (sopa) de vinagre de vinho ou de sumo de limão
6 colheres (sopa) de azeite muito bom
12 folhas de manjericão picadas grosseiramente
sal e pimenta.
Pão banhado 


Usa-se um pão redondo, tipo côdea, daqueles que se usa para servir sopa.
Tira-se uma tampa, escava-se o pão e recheia-se com...salada niçoise! (e bastante azeite!)

Simples e saboroso.
Experimente!

domingo, 3 de agosto de 2014

Lisboa - o bairro do Belém.

É um bairro lindo, cheio de atrações imperdíveis.



Pastelaria do Belém
Comece o dia cedo - multidões de turistas em ônibus enormes vão desaguar aqui a partir das dez da manhã. Uma boa opção é chegar um pouco mais cedo e tomar o seu café da manhã reforçado e com calma na pastelaria de Belém.
Aqui nasceu o famoso Pastel de Belém, que não consta do cardápio. eu vi na vitrine, e estou procurando por ele nas pastelarias, e o garçon me diz: 'está aqui, sim!' e me mostra... a foto!
Claro, tem uma foto do pastel lá, mas sem preço e totalmente separada das listas de produtos, enfim...arrisco. É delicioso, a massa folhada é crocante e se esfarela quando se morde; o recheio é quentinho e tudo de bom! O bolinho de bacalharu deles é melhor que o de minha avó!
Tem um montão de coisinhas boas lá, pena que não dava para comer um pedacinho de cada...

Mosteiro dos Jerônimos
Não se engane - o mosteiro não é uma atração, são quatro:
1 - a igreja propriamente dita - visitação gratuita, não circule por lá durante as missas.
2 - o claustro - você pode pagar uma entrada mais barata se comprar combinado com Museu de Arqueologia e Torre de Belém.
3 - Museu de Arqueologia
4 - Museu Marítimo


O prédio em si é incrível, dá uma idéia de grandiosidade e graça. As portas são elegantes, cheias de detalhes, parecendo aqueles castelinhos de lama que a gente fazia na praia quando criança.
Andar em volta antes de ir entrando é importante.



A igreja é bonita, dentro dela estão as tumbas de Vasco da Gama e Luís de Camões, logo à entrada.
O claustro é maravilhoso, que bom que resistiu aos terremotos e tsunamis desta vida. ao circular ao redor do pátio central, olhe as paredes - em um nicho estão os restos mortais de Fernando Pessoa, e uma lápide homenageando o poeta.
Na sala do capítulo e na sala de exposições tem muitas informações sobre a história de Portugal e seus homens ilustres, me murais carinhosamente preparados.
O prédio está muito bem conservado, a cozinha é muito bonita, com seus azulejos coloridos.
Ao lado da sala do Coro Alto, um filme sobre a história do mosteiro é passado em sequência em diferentes línguas. Bem bonito e suficientemente curto para não cansar.

O Museu de Arqueologia tem mostras da civilização que passou pela península desde os fenícios, os que primeiro pararam por aqui, e o nome Lisboa vem da expressão Allis Ubbo que quer dizer 'margem deliciosa'. Por aqui passaram cartagineses, gregos, romanos, enfim, o povo português é mais um caldo de cultura dos mais intrépidos navegadores antigos...deu no que deu.
Há uma ala especial dedicada à arqueologia maritima, com fotos e peças resgatadas de naufrágios de todas as épocas. ao contrário dos despojos de terram normalmente desgastados e quebrados, os despojos do mar est!ao intactos, às vezes corroídos e craquentos, mas na maiorias dos casos, inteiros, do jeitinho que estavam quando o navio afundou.



                                                      

 Museu Maritimo é de especial interesse para quem gosta da história das navegações, tem váriso tipos de naus, maquetes, mapas,  nós, instrumentos de navegação, até os dias atuais.
 Achei bem interessante.
Na entrada, uns versos de Camões:



"Assim fomos abrindo aqueles mares,


Que geração alguma não abria,

As novas ilhas vendo, e novos mares

Que o generoso Henrique descobria,"


Lusíadas, canto 7,4.


 Monumento Padrão dos Descobrimentos
Atravessando a Avenida, está o monumento Padrão dos Descobrimentos, construído no local de onde saíram os grandes navegadores, ao lado ainda existe o Porto das Naus. A visão da foz do Tejo é espetacular.
Há um mirante, no alto.
O monumento em si é bem bonito. Ao lado há um restaurante sobre as águas do Tejo, chamado Portugália, aí o preço é muito bom, a comida deliciosa. Experimentei lá o recheio de sapateira, uma espécie de casquinha de siri portuguesa, que eles sevem fria, para comer com pão.
Tem também uma sorveteria ao lado, a opção de voltar à com certeza agora lotada Pastelaria do Belém, e lanchonetes menores ao redor.


                                                 Recheio de sapateiro (no caso caranguejo)

Torre de Belém

Se quiser pode ir a pé até a Torre de Belém, ou voltar ao Mosteiro e esperar pelo ônibus, com eu fiz, mas foi meio inútil, pois o ônibus deixa o turista longe da Torre e a gente tem de caminhar de qualquer jeito...
Há os porões da torre, que serviam de prisão, onde os altos não conseguiam ficar em pé, pois os tetos são baixos, e, durante as marés, entrava água...para desespero do prisioneiro. Nos andares acima, há salas que eram usadas para reunião, oração e defesa da torre. Há um sistema de cisternas para recolher água de chuva, e uma das gárgulas tem a forma de um rinoceronte. e bem original.
Há canhões bem pequenos e janelas que hoje tem vidro, mas eram abertas, para que os soldados pudessem atirar nos invasores.
A construção é pequena, mas o estilo, manuelino, é encantador.


Olhando pelas ameias das torre

Achei este site oficial com textos históricos e arquitetônicso bem interessantes:

http://www.torrebelem.pt/pt/index.php


Passei um dia inteiro por lá, e deixei de visitar:
O Planetário - que fica no meio do caminho entre as duas alas do Museu Marítimo, e cada sessão, sobre astronomia, dura 2 horas.
Os diversos museus de arte e o Museu de eletricidade. Assim, se o turista for um admirador de museus, em dois dias ele vê apenas o bairro do Belém...
Opções para quem dispõe de um tempo maior na cidade.







Museu Nacional do Azulejo - Lisboa










Este tipo de azulejo, encaixadinho um no outro, também é chamado de enxaquetado. Este aí em cima é um ladrilho que foi feito no castelo de Leiria, um os primeiros de que se tem notícia, no século XV.




























Pelas ruas de Lisboa, encontrei vários outros psdrões de azulejos, entre outros, estes aqui: