sexta-feira, 5 de junho de 2015

Nas montanhas nevadas - Shiragawago - 2015

Íamos de trem e ao sair de um túnel somos surpreendidos por montanhas cobertas de placas de neve cortadas por rios de degêlo (aquela água de cor verde esmeralda inconfundível).

Shiragawago significa "vila sobre o rio branco"
shiroi = branco
gawa = rio
go = vila



Essa aldeia é conservada como um patrimonio da humanidade. Ninguém mora lá preservam os barracões e algumas casas simplesmente mobiliadas para visitação, para relembrar como era a antiga vida rural.
Os telhados das casas lembram mãos em prece são feitas com feixes de madeira intermeados de ramos de bambu que sendo ocos permitiam que a água escoasse. Esses telhados se chamam Gassho-zukuri.






Sorubobo é o nome de uma bonequinha feita de retalhos, amarrada em retalhos coloridos, cada cor tem um significado. O laranja, que escolhi, dá sorte em viagens.






Comemos uma deliciosa comida feita em um fogareiro, consistindo de fatias de carne, missô, cogumelos, tofu sobre folhas de shisô (para não queimar). Acho que se chamava Heia. Acompanhava arroz com feijão azuki, uns vegetais e chá.




Visitamos o distrito de Ogimachi - cenas de rua.





Takayama, a cidade dos festivais. - 2015

A cidade de Takayama, por ser rica em minérios, era governada diretamente pelo shogun, na época do shogunato.

A cidade é famoso pelos festivais, ou Matsuri. Há dois, um de primavera ( Sanoo Matsuri), outro de outono (Yahata Matsuri) . Chegamos no dia do festival de primavera, mas ele foi cancelado por causa da chuva. No ano que chove, não acontece o desfile.

Pena, pois o Matsuri de Takayama, que começou no século XVI, é considerado um dos três mais bonitos do Japão.

Visitamos o Takayama Mitsuri Yatai Kaikan, onde ficam guardados os carros do festival de outono.


As atrações do festival são os carros alegóricos (yatai), que são patrimônico cultural do Japão, e nesses dias ficam expostos nas ruas da cidade (em caso de chuva eles são expostos em suas “garagens” em diferentes pontos da cidade)
Se você visitar Takayama fora dos dias do Festival, pode ver alguns dos carros alegóricos no Yatai Kaikan, que é um salão especial onde ficam guardados os carros alegóricos.


Os carros ficam expostos à visitação durante todo a ano, e são usados por muitos anos.(Os brasileiros bem que poderiam fazer isso com os desfiles de Carnaval.)


Visitei o Museu de Takayama e o Museu Arqueológico.


Algumas cenas de rua, fotografadas na correria, enquanto visitávamos o comércio local.














Como Takayama fica nas montanhas, é bem mais fria que as demais cidades no nível do mar – quando nós fomos em abril de 2006, ainda tinha resto de neve nos campos e a temperatura estava na faixa de 5 graus.

Tokio, a capital do leste


Nós com ar confuso no metrô, sem saber ler os kanjis...dfícil de encontrar uma máquina que vendesse bilhetes com instrções em inglês! Enfim, achamos uma e pudemos comprar nossos bilhetes.

Entre o nascer e o pôr do sol...


...passando pel visão aérea da Sky-tree (não acredite, você simplesmente não vai ver o Fuji-san do alto do mirante.) Monte Fuji fugiu...


Enfim, todas as cidades grandes se parecem.
Sim, tem produtos bons para comprar, os produtos japoneses valem a pena, os importados nem tanto, mesmo os eletrônicos tipo Apple e Samsung.
Tokio é de longe bem mais tranquila que Sampa, a guia nos disse que no ano passado inauguraram cinco túneis que desafogaram o trânsito da cidade. Não é verdade que parece ter gente brotando da terra. A 25 de março é muito, muito pior.

Tudo o que se compra acima de 10 mil ienes pode ter o imposto devolvido, na própria loja, sem demora, sem complicação, basta mostrar o passaporte. E tem muito lugar que vende sem imposto, lojas imensas de mais de 10 andares gigantes, em uma dessas comprei uma câmara Nikkon.

Visitamos (na correria, com a guia maluca):
Santuário shintoísta Meiji
Praça do palácio imperial

Distrito de Asakusa – com o templo mais antigo de tokyo, o Asakusa Kannon – sec VII dedicada à Kuan Yin, a deusa da misericórdia.

  






   



Depois, com calma, deu para ir ao Museu de Tókyo Edo, alguns foram assistir teatro kabuchi, outros foram ao parque Ueno, e todo mundo saiu, se não para mais comprinhas, para comprar mala! (inclusive eu). A gente podia sair do Japão com 32 kg, mas só podia transitar lá dentro com 20 kg, por conta de um voo interno, e isso atrapalhou muuuuiiito!
Bem, as malas japonesas são ótimas e o preço estava muito bom.

  



Kioto - a capital do oeste - 2015




Viajar com a guia maluca que a Quensberry nos arranjou foi muito estranho. Apelidei este passeio de "Japão na correria". A danada da guia falava português, mas como todo mundo no grupo domina o inglês, seria muito mais interessante ter um guia que falasse inglês e não saísse correndo.
Correndo. Ela dizia: 40 minutos e saía na frente em uma velocidade incrível, não ouvia nenhuma pergunta, ou a gente ficava sozinho a apreciar as atrações ou corria atrás dela para tentar obter alguma informação e perdia os detalhes do que estava ali para ver. Ela só dava alguma informação se alguém perguntasse, falava do shogun Togugawa como se houvesse apenas existido apenas um shogun, dizia "naquele tempo" como quem diz antigamente, sem especificar nada, partindo do princípio de que ninguém conhecia as eras japonesas ou elas não nos dissesem respeito. Bem, mais da metade do grupo era sansei!
Bem, o que consegui anotar no meio dessa correria tentarei colocar aqui.
Senti como é ser analfabeta, horrível, cercada de letras por todos os lados sem ter acesso às informações disponíveis...


Jardim de Heian Jingu


 



Muitos japoneses casam aqui.

O templo do pavilhão dourado – Kinkaku-ji
no templo Rukuon-ji, foi construído para ser a moradia ultima do shogun Ashikaga, de avançada idade. Ele vivia em luxo enquanto o povo passava fome. (o nome do shogun eu pesquisei, claro. Se dependesse da guia...)


                  
                                           

Castelo Nijo
 residência do shogun Tokugawa, construído para proteger a cidade, em 1603.
Detalhe – piso rouxinol.


O piso rouxinol era uma carpintaria especial, duas séries de tábuas interligadas por correias e sinos, que "cantavam" quando alguém caminhava por ele, emite um som discreto e harmonioso, suave como o cantar de um passarinho. Servia para dar alarme no caso de algum estranho invadir o castelo.

Muitos locais históricos no Japão não existem mais, destruídos pelo tempo ou pelos terremotos, eles reconstroem periodicamente alguns, a partir de fotos, pinturas ou textos, de outros ficaram apenas os portões, e os locias, imensos, são conservados pelo valor histórico.






Templo Kiyomizu  construído sem o uso de pregos, com uma fantástica estrutura em madeira.



 






 Dizem que passar a mão no Buda menino traz saúde.


  


Quem diria, uma réplica de O Pensador por aqui.... das 20 existentes....
( a primeira réplica que encontrei está em um cemitério belga, famoso por suas estátuas)













Kioto é onde se podem ver os espetáculos de queixas, que hoje em dia são apenas artistas, que estudam por longos anos, e também participar de uma cerimônia do chá, ver um espetáculo de teatro de algum tipo, inclusive de bonecos.

Todas as noites no teatro Gion Corner acontece um show com demonstrações de artes tradicionais voltadas para turistas. Em cada sessão de 50 minutos, além da apresentação de dança dasmaiko, também tem apresentação de koto (harpa japonesa), gagaku (música da corte imperial), kyogen(teatro cômico), bunraku (teatro de bonecos), chado (cerimônia do chá) eikebana (arranjo floral). É uma ótima oportunidade para ver ao mesmo tempo algumas das principais expressões culturais do Japão.
Informações úteis
Gion Corner – Endereço: Kyoto-shi, Hanamikoji Shijo-sagaru, Gion, Yasaka Hall. Tel.: (075) 561-1119. Diariamente tem duas sessões: às 19h e 20h. Ingresso: ¥ 3.150.
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