Tapiraí - Brasil

algumas vezes eu gosto de transformar minhas viagens em pequenos contos, como é o caso deste passeio a esta cidadezinha que limita as reservas de Mata Atlântica.
Boa leitura!

escrevi pensando em meus netinhos.



Relato de viagem



I



Vovó, conte sobre a floresta. Você viu onça?

Vovó, conte tudo sobre sua viagem. Aonde você foi?

Vovó sentou-se no chão, de pernas cruzadas, entre as duas meninas, Carolina e Catarina.

Quando vocês crescerem um pouquinho mais, eu levarei vocês para Tapiraí.

Eu pensei que você tinha ido até o Rio das Antas.

Tapiraí quer dizer rio das antas, na língua dos índios. Tapir é anta e í é rio.

Ah, então Tatuí deve ser rio dos tatus e Jacareí deve ser rio dos jacarés – exclamou Carolina, a mais velha das meninas.

Provavelmente – concordou vovó – Olhem, estas são as antas.

E mostrou a elas uma foto em um livro.

Uma anta é grande?

Assim, coisa de uns oitenta centímetros, mas nós não vimos nem pegadas das antas. Restam poucas e elas fogem do ser humano.

Tapiraí, afinal, é um rio ou uma cidade?

As duas coisas, querida. Neste lugar, por onde passa o rio Tapiraí, há uma cidade chamada Tapiraí.

Por causa do rio?

Sim, por causa do rio.

E vovó mostrou para as meninas, no mapa, onde fica Tapiraí.

Você dormiu na floresta, vovó?

Não, dormi no sítio do Júlio.

Quem foi com você, só tia Tatiana e tio Gilmar?

Ora, Catarina, vovó foi com a vizinha “mateira”, a Lúcia, lembra?

As meninas haviam ficado muito impressionadas ao conhecer Lúcia, guia de turismo, com facão à cinta, cantil a tiracolo, botas altas, com a aparência de um bandeirante.

Fomos em um grupo aí de umas dez pessoas. – explicou vovó – A viagem até Tapiraí durou quatro horas.

Como é a cidade? – perguntou Carolina.

Olhem aqui.

A cidade tem uns oito mil habitantes, a maioria mora nos sítios e chácaras. A zona rural é grande, a zona urbana tem aí umas quatro ruas, umas dez quadras.

Mas, conte sobre a floresta, vovó!

Vejam estas fotos. A floresta é muito rica, pudemos ver plantas e árvores tropicais. Os bichos fogem do ser humano, têm medo, e nós vamos falando e batendo os pés para avisar as cobras.

Qual o lugar mais bonito que você viu?

O mais bonito, na minha opinião, foi esta cachoeira aqui, a Cachoeira do Chá.

Foi a melhor?

Bem, eu gostei de uma cachoeira que nós visitamos na comunidade cabocla, onde há um monjolo, mas monjolo eu conheço há muito tempo porque vi muitos em minha infância, mas para vocês vai ser uma novidade.

Esta senhora aqui, da comunidade cabocla – vovó mostrou outra fotografia – faz cestarias. Chama-se Dona Cida e está muito feliz porque o seu trabalho e sua foto saíram no jornal local. Nós passamos um pedaço bem engraçado com ela.

Catarina e Carolina olharam curiosas a foto do monjolo e o cesto de vime que vovó mostrou para elas.

O que é um caboclo?

Caboclo é o mestiço de índio com branco. Os caboclos moram ao redor do Ribeirão das Antas. Parecem ter parado no tempo. As casas deles são pequenas e nem pensam em encanar a água ou fazer um poço. Toda a vez que a água acaba eles vão buscar na nascente, carregando baldes. Suas galinhas correm soltas e vão botando os ovos onde bem entendem, que eles procuram. Tem um pé de café aqui, outro de milho ali, uma mandioca mais adiante, tudo ao acaso e meio abandonado, sem trato. O solo ao redor das casas é seco e duro, não há grama nem plantam flores. Uma sujeira de dar medo.

Esta velhinha, a Dona Cida, tem setenta e dois anos, e a cunhada dela, a Dona Maria Elisa, estava lá também. Elas moram perto, aí uns quinhentos metros uma da outra. São muito alegres e tagarelas, riem e falam rapidinho o tempo todo. Torram o próprio café, moem o milho no monjolo para fazer farinha de milho.

Como?

O milho fica de molho na água até inchar. Daí elas colocam este milho em um buraco no chão. O monjolo é um pau longo e diferente em cada ponta. Uma das pontas é um pilão, um pau que soca o milho com força para fazer a farinha. A outra ponta é larga, cavada como uma cuia e fica debaixo de uma queda d´água. O peso da água enche a cuia e faz o monjolo descer e esvaziar a cuia; vazia esta, o monjolo fica leve e sobe com rapidez, e o ppilão na outra ponta soca o milho com força. Aí a água enche a cuia e começa tudo de novo.

Quando nós chegamos perto do monjolo havia restos de farinha em volta e por cima da tampa. Aliás, a tampa era um pedaço de pau que elas cobrem com pedras porque ele não é bem do tamanho do buraco, e se o buraco não ficar bem tampado podem entrar ratos e baratas e se misturarem com a farinha.

Que nojo, vó!

Bem, a Dona Cida disse que precisava limpar o monjolo antes de moer o milho. Ela pegou uma vassoura de gravetos que estava jogada no chão e sacudiu um pouco a vassoura em volta da tampa. Na verdade o que ela fez foi espalhar a sujeira. Aí ela pegou um trapo que estava pendurado em um galho ali perto e forrou o buraco antes de colocar o milho.

Você comprou farinha, vovó?

Não tive coragem. Mas tio Gilmar comprou cestos e os cestos nós poderemos usar.

Como o monjolo pára?

Elas colocam uns troncos grossos que mantém o braço do monjolo levantado enquanto ele não está em uso. Para chegar ao monjolo atravessamos duas pontes de troncos, que a guia sugeriu atravessar um por vez. Os troncos estavam muito podres. Quando tia Tatiana foi passar, com todo o cuidado, as duas velhinhas correram pela ponte ao lado dela e disseram: “não tenha medo, se a ponte cair, o rio é raso, quase não molha”. Elas nos convidaram para conhecer uma queda d´água no rio das antas, uma queda muito linda, linda mesmo, e “logo ali”, coisa de uns cinco minutos. E elas, de chinelinho de dedo, desandaram a correr trilha acima, pulando raízes e poças de barro, no maior pique. Tio Gilmar estava todo atrapalhado e algumas coças estavam hesitantes. Então as velhinhas voltaram pulando e estenderam as mãos: “querem ajuda?”. Eu olhei para baixo. A trilha tinha o espaço exato para um pé de cada vez, o barranco abaixo era reto e já estávamos a uns vinte metros de altura. A turma só fez a trilha de vergonha de não fazer o que as velhinhas faziam. Foi emocionante, foi a trilha mais perigosa e a queda d´água mais bonita de todo o passeio, vista lá do alto. Vimos árvores altas com mais de um século de idade.

E era “logo ali”?

Eu demorei vinte minutos só para subir. E elas atravessam estas trilhas carregando latas de água, lenha, cachos de banana nas costas...

E como fazem os cestos?

Elas trançam as palhas de vime, pintam as fibras com tintas que extraem de frutos e raízes. Esta cor amarela é feita com tinta de raiz de gengibre. Imagine que elas vendem os cestos por menos de trinta centavos! Ficam felizes se vendem todos os cestos da semana a um comerciante da cidade. Nem pensam em ir eles mesmo vender os cestos por um preço melhor em uma barraca na feira ou à beira da estrada.

Eles têm TV?

Nem têm luz em casa! Nem telefone! Nem sabem ler! Estão construindo uma igreja, mas não pensaram em uma escola.devem pensar: para quê?

Vovó, elas são muito mais velhas do que você?

Ora, Carolina, você está dizendo que eu pareço ser muito, muito velha?

Aonde mais você foi, vovó?

Fui a um local onde hospedam turistas alemães, um hotel chamado Salve Floresta. Ali vi um porco selvagem, ou catitu. Junto com outros turistas deste hotel atravessamos uma trilha de uns dois quilômetros, passamos por um bananal e por três rios. Usamos galochas de plástico para atravessar os rios.

Tia Tatiana nadou nas cachoeiras?

Nadou, mergulhou, trepou pelas pedras e tio Gilmar filmou tudo.

Fale um pouco do Sítio do Júlio.

Seu Júlio na verdade chamava-se Jules, um homem que veio de um país chamado Luxemburgo, fugindo da guerra. Chegando em Tapiraí, ele comprou terras, fez um lindo hotel, um lago artificial e deixou a floresta do jeito que estava. Ele foi uma dessas pessoas que entendem como é importante deixar a floresta em paz. Aí tem uma cachoeira do Belchior e no caminho para esta cachoeira, entre outras coisas, vimos uma árvore chamada ceboleiro, com um tronco oco grande como uma caverna, tão grande que três pessoas cabem lá dentro. Imagina-se que esta árvore cresceu em torno de outra, que com o passar do tempo esta outra árvore morreu e em seu lugar ficou este buraco.

Por que ceboleiro?

Porque a casaca descasca em camadas, como uma cebola. Na mata também há uma árvore chamada pau de alho porque solta um cheiro que parece alho.

E pássaros?

Há beija-flores por todo canto, além de bem-te-vis, quero-queros e um pássaro branco de colete preto que nunca vi antes. O sitio tem flores de muitos tipos, tamanhos e cores.

E que mais?

Barcos no lago. Sua tia Tatiana remou duas tardes inteiras nos botes e em um caíque até ficar com os braços doloridos. No lago há uma ilha onde fizemos piquenique em certa tarde. Tio Gilmar levou varas de pescar e ficou com Tatiana dando banho no queijo.

Banho no queijo, vovó?

Seu tio usa queijo como isca e queijo dos bons! Eles não pescaram nada mas tomaram bastante sol.

À noite, no sítio, o céu é estrelado e vimos vaga-lumes de montão.

E sapos também?

Sapos pequenos e grandes, sapos- boi, sapos tanoeiros, havia toda uma orquestra de sapos cantando a noite toda.

Porque uma das cachoeiras se chama Cachoeira do Chá?

A água desta cachoeira ia para uma plantação de chá. Hoje não se planta mais chá em Tapiraí.

O que plantam?

Gengibre. Estão exportando gengibre para o Japão.

Carolina não sabia o que era gengibre. Catarina exibiu-se:

É uma raiz de gosto ardido.

Esperem um pouco – disse vovó, saindo da sala.

Quando voltou, trazia uma bolsa com ela.

Você trouxe coisas para nós! Lembranças de Tapiraí! – gritou Catarina.

Ôba! Desta parte eu gosto!

Vovó tirou vários saquinhos que distribuiu entre as duas.

Isto é gengibre cristalizado. Isto é gengibre coberto de chocolate. Estes aqui são doces de laranja cristalizada e laranja coberta de chocolate. Isto é mel de uma flor do mato chamada vassourinha.

E este outro pacote aí?

Este é para sua mãe.- falou vovó. – Isto é remédio para tosse: gengibre com própolis. Este vidro aqui é licor de gengibre. Eu trouxe mudas de orquídeas. Há um senhor que cultiva orquídeas e tem mais de três mil vasos em seu sítio.

Tudo bem, deve ter sido uma viagem legal, mas afinal esta floresta nem parece perigosa nem nada. Para que ir à floresta, afinal?

Esta conversa vai ficar para depois do jantar. – decidiu vovó. – Ou para amanhã. É importante conhecer a floresta e saber o porquê da Preservação Ambiental.

Preservar é não deixar ninguém estragar! – afirmou Catarina.

Vovó, que tal uma pizza? Para preservar as netinhas...





II







No dia seguinte, vovó chamou as netinhas e desenhou um mapa do Brasil a mão livre.

Imaginem que este é o Brasil e esta sombra que eu desenhei é mais ou menos a região onde havia a Mata Atlântica.

E hoje?

Hoje ficou só sete por cento da floresta original.

Só sete por cento, vovó? Que mixaria! – reclamou Carolina.

Mas, vovó... – estranhou Catarina – é Mata Atlântica ou Serra do Mar? E a tal Mantiqueira, onde fica?

Toda esta floresta velha, que acaba ou começa no Oceano Atlântico, chama-se Mata Atlântica. Conforme o local, as pessoas dão nomes diferentes a cada parte da floresta. Uns chamam de Serra do Mar, outros Serra da Mantiqueira e há vários outros nomes, mas é tudo Mata Atlântica.

A Amazônia não é Mata Atlântica?

Não, princesinha, a Amazônia é uma floresta nova, que se formou depois, e sua biodiversidade é diferente.

O que é que é diferente?

A biodiversidade, isto é, os tipos de bichos e de plantas que vivem neste lugar.

Como se sabe se a floresta é nova ou velha?

Pelo tipo de solo. – explicou vovó – Na mata Atlântica o húmus, ou solo fértil, tem trinta centímetros. Já na Amazônia é menor. Assim explicou a nossa guia.

E porque acontece isto?

Porque há mais tempo as folhas estão caindo e apodrecendo na Mata Atlântica.

E o que a Amazônia era antes de ser floresta?

Era oceano. O Pacífico estava ali. Depois que os Andes se dobraram e subiram, o Pacífico escorregou para longe e surgiu a Amazônia ao norte e o Pantana mais para o sul.

Os Andes são mais novos que a Serra do Mar e são mais novos? Como pode?

Justamente porque são mais novos é que são mais altos, não é, vovó? – antecipou-se Carolina – As montanhas são como as pessoas, encolhem quando envelhecem.

Vovó achou graça na comparação.

É assim mesmo. A Serra do Mar, de tão velha, já se gastou pelos ventos e pelas chuvas, encolheu. Eu também logo começarei a envelhecer.

Não parecia possível vovó encolher. Ali sentadinha de boné na cabeça, camiseta, calça de brim, descalça e risonha, parecia eternamente jovem.

Vovó, explique melhor que história é esta de oceanos mudarem de lugar e montanhas se dobrarem e subirem... – pediu Carolina.

Os estudiosos acreditam que a Terra por dentro é quente e líquida, e por cima existem placas de terra boiando sobre esse líquido quente. São as placas tectônicas. No início havia uma grande placa e um grande continente chamado Pangéa. Essa placa partiu-se em pedaços, a África foi para um lado, a América para o outro, a Austrália escorregou e a Ásia espalhou-se... – vovó puxou a manta do sofá fazendo pequenas dobras nela – Quando a placa americana separou-se, suas pontas dobraram-se formando a Serra do Mar.

Fale dos bichos, vovó, eu gosto de bichos.

A Mata Atlântica é um paraíso onde viviam milhares de insetos, pássaros, plantas, índios, mamíferos variados, todos se entendendo perfeitamente bem até que chegou o homem branco.

Nós?

Nossos bisavós. O homem branco chegou destruindo tudo e hoje só resta 7% da Mata Atlântica original. Conheço biólogos que acreditam que nestes 7% exista uma biodiversidade maior que a da Amazônia, que não conhecemos porque ainda não estudamos e pesquisamos a floresta.

Pobre floresta.

Pobres bichos.

A floresta está desmatada, pobre, doente.

Muitas pessoas perceberam que é preciso proteger a floresta com suas flores, bichos, árvores, nascentes. Afinal, as plantas e os animais têm tanto direito à vida como nós. E porque muitas pessoas começaram a defender a floresta, o governo fez leis. Hoje não se pode mais mexer na floresta que ainda está lá.

Ué, vovó, você entrou lá...

Entrei mas não mexi. Entrei para olhar.

Deixe ver se entendi, vovó. A gente pode passear na floresta, tomar banho no rio, mas não pode destruir, arrancar árvore, matar passarinho, caçar, pescar nem arrancar plantas, este tipo de coisas.

Exatamente, querida. Isso se chama Preservação Ambiental.

O que é isso?

Preservar é tomar conta. O ambiente é o lugar. Preservação Ambiental é tomar conta da casa onde a gente mora. Você não bota fogo na sua casa, não joga sujeira no chão, nem quebra as janelas. A Terra é a nossa casa, é o lugar onde a gente vive. Se cada um de nós tomar conta deste planetinha, respeitando a vida, todas as coisas vivas, deixando a água e o ar limpos, a floresta vai-se recuperar.

Recuperar?

A floresta está doente. Nos últimos quinhentos anos, os brancos derubaram árvores, mataram bichos, tacaram fogo no solo, devastaram as nascentes. Muitos bichos desapareceram, de algumas espécies só restam alguns poucos bichinhos, plantas novas nasceram por aqui vindas de outros continentes e mudaram o jeitão do nosso verde.

Como foi em Tapiraí?

Em Tapiraí as pessoas viviam de extrair madeira da floresta. Em outros lugares as pessoas derrubaram a floresta para plantar café e fazer pastagens para o gado. Em Tapiraí a terra não é boa para café nem plana para o gado. As pessoas derrubaram árvores por causas da madeira, mas, depois de 1973, com a lei de Preservação Ambiental, e a criação do Parque Nacional da Mata Atlântica, os madeireiros tiveram de encontrar outra coisa para fazer. Resolveram plantar chá.

Na Cachoeira do Chá?

Não, meu amor. Eles usavam a água que vinha da Cachoeira do Chá para irrigar – molhar - as plantações de chá, mas a folia do chá durou pouco, pois o chá que nasceu ali não era de boa qualidade. Outras cidades vizinhas produziam chá de melhor qualidade com menos custo. Hoje a fábrica de chá estava abandonada, a propriedade está à venda.

E como eles vivem por lá hoje?

Alguns entram na mata para extrair palmito.

E pode?

Não, não pode. É ilegal. Alguns plantam o palmito pupunha, criam abelhas, cultivam orquídeas, mas a saída para a cidade parece ser o ecoturismo, que é o turismo para as pessoas que gostam de estar em contato com a natureza. A fábrica de chá poderá virar um belo hotel e muitos sítios estão recebendo hóspedes, como o Sítio do Júlio, onde eu fiquei. Os palmiteiros devem ser treinados para servir de monitores a grupos de turistas, pois conhecem todas as trilhas e sabem os segredos da florsta.

Carolina mostrou-se decepcionada:

Ora, vovó, você não encontrou nenhum bicho perigoso? Nada de onça, nem de cobras, que coisa mais chata, cadê a emoção?

Carolina, há tão poucos bichos hoje, os poucos que sobraram tem muito medo do bicho homem. Eu vi pegadas de pacas na beira de um rio, mas o bicho mais perigoso da floresta eu aposto que você não sabe qual é.

As duas meninas gritaram na hora:

Onça!

Erraram, o bicho mais perigoso da floresta é o mosquito.

Ora, um mosquitinho bobo!

Bem, a gente não vê o mosquitinho bobo. O mosquito não foge da gente, ao contrário, ataca e pica. São centenas e centenas de mosquitos por toda parte, e mesmo levando repelente de insetos, a gente acaba levando algumas picadas.

Grande coisa. Que grande perigo é uma coceirinha...

Alguns destes mosquitos transmitem doenças quando picam, doenças que às vezes matam: malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e encefalites. Este é o nosso grande inimigo, meninas: o mosquito.

As meninas ficaram pensativas.

Que coisa, vovó, eu nunca tive medo de mosquito.

Eu quero passear na floresta, vovó, como você fez.

Vovó propôs:

Quem sabe, no próximo verão?





Fim.