quarta-feira, 20 de maio de 2015

Nara - a cidade dos cervos sagrados

Nara é uma cidade bem bonita. Já foi capital do Japão entre  710 e 794, período que ficou conhecido como Era Nara. Naquela época a cidade de Nara era conhecida como Heijo-Kyo.

Como ponto turístico, é conhecida pelo

Parque dos cervos sagrados.



Conta a lenda que o deus Takemikazuchi apareceu para proteger a cidade montado em um veado branco. A partir daí os cervos forma considerados animais sagrados.
Matar um desses cervos sagrados era uma ofensa capital punível com a morte até 1637, a última data registrada de uma violação dessa lei.

 O deus Izanigi-no-Mikoto, um dos criadores do Japão, decapitou seu filho Kaguzuchi, o deus do fogo, e   gotas de sangue caíram de sua espada Ame-no-Ohabar,  originando 3 deuses taoístas, um deles Takemikazuchi (Take – marcial’mikazuchi = relâmpago) Em um embate entre os deuses do céu (Amatsu-Kami) e os deuses da terra (Kunitsu-Kami), Takemikazuchi  cravou uma espada no chão, com ponta para cima, e se sentou  sobre ela sem se ferir, em uma demonstração que sua provava a sua invulnerabilidade. Ele ganhou a batalha e pacificou o país.



Biscoitos de sembei – feitos de farinha de arroz – são dados aos cervos, quando acaba a gente abre as mãos e mostra para eles entenderem que acabou a comilança. Não tem gosto de nada, ao contrário dos sembeis para humanos, mas eles adoram aquela coisa insossa.







O parque é um dos "Locais de Beleza Cênica" designados pelo Ministério da Educação e Cultura do Japão. O parque abriga o Museu Nacional de Nara e o Todai-ji. Outros templos,  como Kofuku-ji e Ksauga-taisha, ficam em suas margens.



Templo Todaiji (=Grande Templo Oriental )



Aí está a maior estátua de Buda do Japão feita em bronze: Daibutsu, o grande Buda de bronze.





  Todai-ji é atualmente sede da escola budista Kegon. É a sede de todos os templos budistas japoneses.
O templo foi construído pelo imperador Shomu (728 d. C.) para consolidar o budismo no país, em uma tentativa de consolidar o poder em um período particularmente instável da história do país, com revoluções, epidemia de varíola e outros contratempos.
Curiosidades: Tōdai-ji serviu como sede administrativa central para os templos provinciais e para as seis escolas budistas que existiam no Japão naquele momento: Hosso, Kegon, Satyasiddhi, Sanron, Ritsu e Kusha.

Em 743, o Imperador Shomu emitiu uma lei em que afirmava que todas as pessoas deveriam se envolver diretamente no estabelecimento de novos templos budistas em todo o Japão. Sua crença pessoal era de que mostrando tal piedade iria inspirar o budismo e proteger o país.

                    

Dizem que quem conseguir passar por esse buraco na pilastra, que tem a largura da narina da estatua do Buda, tem sorte, saúde e vida longa. O pessoal ficou se espremendo e alguns passaram.

Estátuas do templo - estão na entrada, ao lado do portão.

Bodisatva Nyoirin-kannon (Avalokiteshvara) – representa a suprema compaixão de todos os Budas.
Bodisatva Kokuzo (Akasagarbha) – representa a sobedoria do Buda.

Komokuten, o guardião do Oeste, com um pincel na mão.
Tamonten, , o guardião do Norte, com uma pagoda na mão.

Esse é o Binzuru, um discípulo não obediente do Buda, que não pode entrar no templo! As pessoas doentes esfregam a parte correspondente da estátua para receber a cura. Diz a lenda que o discípulo se retratou e se tornou padroeiro dos doentes.

                                  


Olhem o detalhe das borboletinhas, achei gracioso, mas como não sei ler a placa em hiragana, não entendi o significado delas. Peninha.

Templo shintoísta Kasuga Taisha

oferenda de sakê na entrada do templo - pilhas imensas de barris da bebida


...e do outro lado, uma pilha de vinhos bordeaux!


            O caminho para o templo de Kasuga passa pelo Parque dos Cervos.


Uma fofura, não?
O Kasuga-taisha e os cervos foram apresentados em várias pinturas e obras de arte do período Nambokucho.  Mais de trezentas lanternas de pedra se alinham ao caminho.
O templo de Kasuga, e a Floresta Primordial de Kasugayama perto dele, são registrados como patrimônio universal da UNESCO.









Esse templo xintoísta é famoso pelas 3 mil lanternas de pedra que margeiam o caminho até o templo, e lá dentro centenas de lanternas penduradas nos corredores vermelhos dão o toque especial. Foi construído pela primeira vez em 710, e demolido e reconstruído 50 vezes ao longo dos anos (de acordo com a tradição xintoísta, os templos eram demolidos e reconstruídos iguais a cada 20 anos!) até a construção atual preservada de 1863.
Esse portal de entrada chama-se torii.


A flor que se desenvolve bem em Nara é a glicínia, que floresce em maio.






Fotos minhas, de Alexandre Massao, Conrado Júnior. Obrigada, amigos. Eta, turminha alegre!


Nenhum comentário: