quinta-feira, 14 de maio de 2015

Japão - Um gostinho de quero mais... (2015). Miyazaki

Eu poderia dizer que essa foi a viagem em que conheci pessoas maravilhosas, pois viajei em companhia de colegas médicos sensacionais. Acupunturistas. Afinal, fui fazer uma atualização em acupuntura, e de quebra, já que fomos para tão longe, viajar uma pouquinho.


Nosso curso de YNSA - craniopuntura de Yamamoto - foi realizado em dois locais:
Yamamoto Rabhilitation Clinic Miyazaki
Aishinkai Yamamoto Hospital Nichinan


Miyazaki




Ficamos uma semana em um Unzen (balneário), na ilha Kyushu, cidade de Miyazaki.

Unzen é como os japoneses se referem aos balneários de águas termais. 


 

Acima, dois aspectos do excelente hotel Ana Holiday Inn Resort.
No sétimo andar, a gente tomava banho no ofurô coletivo, em uma ampla piscina com vistas para o mar, usando produtos de beleza excelentes, com direito a sauna. Relaxante.


 

O costume de calçar chinelinhos no interior das residências foi logo incorporado.

A comida em todos os lugares é sempre bonita, um visual caprichado. O gosto, no começo, a gente estranha. Logo percebi que me sentia bem disposta, mais saudável. Será efeito da culinária japonesa e suas raízes e condimentos?


Eu fiquei fã dos tendons, parecido com tempurá de camarão gigante. Delicioso e do tamanho da minha fome, que os combinados deles são coisa de mineiro, tanto pratinho vai aparecendo pela mesa cheio de coisinhas bonitas, estranhas e coloridas.

Dá para perceber que quem desenhou nessa areia foi uma criança japonesa...
Não descobrimos o significado dessa pintura, nas areias da praia de Miyazaki.

 Nossa colega Luciana disse que conhecia o silabário japonês e toca a ler em voz alta para todos, aí quando perguntamos o que queriam dizer aqueles sons todos, ela nos surpreende com um "não sei o que quer dizer este texto, não..."... Foi só risada.

 

Locais coletando frutos do mar.
Ao fim da praia fica a ilha de Aoshima, com seu "tabuleiro do diabo"

Rochas curiosas


A expressão oni no sentaku-ita significa literalmente “tábua de lavar roupa do diabo”.
Esse tipo de rocha pode ser vista em vários pontos do litoral da região. Há milhões de anos, elas se formaram com sanduíches de camadas de material duro (areia) e mole (argila). Com o tempo, a parte mole foi se desintegrando pela ação das ondas e ventos. Restaram, então, as camadas mais resistentes fazendo um desenho em relevo com longas faixas espaçadas.



Em 1934, o oni no sentaku-ita foi registrado como monumento natural nacional. E, em 1952, o título se estendeu para toda a ilha também.




A ilha Aoshima, uma das ilhas de gatos do Japão. São ilhas onde os gatos naturalmente proliferam por falta de predadores.

Há ali um templo shintoísta muito antigo, construído a cerca de 1200 anos atrás.
                           

Isto é só uma curiosidade - tampa de bueiro. Não é só japonês que fotografa tudo que vê pela frente, não... aiaiai....



Udo jingu - templo shintoísta


Mas antes mesmo do santuário ser criado, a ilha já possuía outras peculiaridades de causar espanto. Ela é coberta por uma floresta com várias espécies incomuns no Japão, típicas de climas tropical e subtropical, principalmente palmeiras.
Até 1737, era proibido entrar na ilha, coisa que deve ter ajudado a manter a exótica floresta intacta. Depois, foi permitido ir somente até ao templo para rezar, sendo assim até hoje. Ao lado do pavilhão principal tem uma trilha que leva ao local original da capela construída pelos antigos. Imperdível porque é o único ponto onde se pode ver o bosque de palmeiras por dentro.

De um terraço do templo, as pessoas atiram pedrinhas em um círculo abaixo, dizem que quem acerta realiza um desejo e que as mulheres que desejam filhos costumam aí jogar suas pedrinhas. Umas pedrinhas de argila vermelha com caracteres simbólicos que eles vendem na lojinha do templo. Que eu visse, ninguém do grupo acertou, é muito difícil.

Os templos shintoístas são muito bonitos, tem um portal que lembram que a pessoa está atravessando para um local sagrado, fontes onde as mãos são lavadas e a seguir bebe-se a água, com gestos precisos: pega-se a concha, joga-se água na mão, depois pega-se de novo a concha, cocloca-se água na mão limpa e bebe-se a água na mão (não na concha) Estão sempre me locais muito belos, são cheio de trilhas curiosas e lanternas graciosas feitas de pedra.

Lanterna de pedra.


Este coelhinho estava por toda parte.

as panelinhas para lavar as mãos

Lá embaixo está o local onde jogar as pedras dentro do círculo sobre a rocha.



 Tabuletas de madeira com os pedidos das pessoas.






Castelo Obi – visitamos rapidamente este local em um dos horários de almoço. (bem como, em outro dia, o mirante. A chuva incessante não colaborou muito.)
A região de Obi, que atualmente faz parte da cidade de Nichinan (Miyazaki), foi a terra feudal do clã Itō durante 280 anos, estendendo-se por 14 gerações. Estes perderam o poder depois da Restauração Meiji (1868) e o seu castelo foi destruído. Mas a área em volta da fortaleza manteve-se preservada até os dias de hoje.
Em 1978, foi inaugurada a reconstituição do portal do castelo e um museu histórico. No ano seguinte foi a vez de uma cópia da antiga residência do senhor feudal, chamada de Matsuonomaru.
O local é realmente muito, muito bonito.
Claro, visitei o museu, mini mini. Eu, a museófila.







Mapa da região, no mirante, com uma vista aérea da ilha de Aoshima.




Aqui no Brasil primavera é sol, saiu daqui, estou ficando gata escaldada, primavera é chuva.

Japão...terra dos terremotos e tsunamis. Adoramos tudo.



Fotos: a maioria das fotos foi tirada pelo colega Alexandre Massao Yoshizumi e Conrado Júnior. Obrigada, amigos.
As outras são minhas.


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