quarta-feira, 16 de outubro de 2013

2013 - passeando depois da aposentadoria...


14 de outubro

Aeroporto de Gaurulhos

Cheguei com muita antecedência – o trânsito estava bom,  o motorist chegou na hora, e o check in já estava aberto – ao pesar as malas, a de mão estava com 7 kg – não 5 como eu supunha, e tive de despachar – já a grande estava com apenas 23 kg e não 30 como eu esperava, eu poderia ter trazido mais roupas e alguns livrinhos.
Há uma sala de meditação ecumênica – no altar há uma lâmpada, e muitas flores pelos cantos, e silêncio.

O vôo saiu com atraso de meia hora. O avião da Ethirad é confortável, a comida gostosa, serviram legumes frescos como salada, o prato quente bem preparado, a sobremesa comível. O pão é que era sempre uma surprêsa: ou estava quente e eu comia com manteiga ou queijo, ou vinha congelado…
Trouxe um dos cobertores comigo – grande, bonito e quentinho.

A seleção de filmes era sofrível – enlatados americanos, e programaçao indiano, árabe e chinesa sem a opção de legendas em ingles… ainda bem que nos jogos havia um bom programa de xadrez, o Kasparov; e nas seleções de músicas, belas músicas árabes, além de clássicas e dos nossos ritmos modernos.
Também havia alguns documentaries em ingles sobre os emirados árabes, um deles sobre um parquet nacional marinho em Abu Dabi.

Em Abu Dabi, uma longa espera de cinco horas em um aeroporto vazio – após nosso vôo chegar, o próximo avião era após 3 horas, depois o nosso vôo coincidia com o horário de outro vôo para o Japão.
Poucas lojas – belíssimas jóias, bolsas, e o dutty free de sempre – comprei lá o que pretendia: perfumes, cosméticos, e trouxe alguns doces árabes.
Interessante que tudo o que você compra tem a etiqueta FRESH e a data da embalagem, com o dia, no casa, 14. Café delicioso, como era de se esperar, com o detalhe que o avião tem cheiro de café…

Não gostei de eles voarem com as luzes apagadas e todas as janelas fechadas – não deixavam levantar as escotilhas – por 12 horas – para a tripulação deve ser ótimo viajar com passageiros dormindo, para quem pretendia escaper do jetlag lendo ou fazendo palavras cruzadas, não ajudou, além de que ninguém consegue dormir por 12 horas seguidas, e se dormir, quando chegar a seu local de destino vai ser problematic… O lado positive é o sossego – pouco barulho de conversinha, pouca gente circulando pelos corredores, ninguém abrindo e fechando bagageiro o tempo todo, e, ao chegar, todo mundo sentado e saidno aos poucos sem atropelo.
Banheiros não muito limpos, mas sempre tenho à mão lencinhos de papel secos e umidecidos para usar nos banheiros estranhos desta vida.

A chegada na Austrália foi a demora de sempre – eles fazem coincidir o horário de chegada de muitos vôos para pagar menos horas de trabalho aos funcionários e são rigorosíssimos – desta vez até cachorros vieram cheirar a bagagem! E depois de dois vôos de mais de 12 horas cada, o que eu não queria, nem ninguém, era espera na fila da alfândega! Eles tiravam fotos das pessoas na hora para passar no programa de conferência de rostos, comparando a foto com a do passaporte, um zelo que atrasa a fila e deixou irritados o casal de alemães à minha frente – eu me irritei porque o funcionário fez questão de tirar o meu passaporte da capinha, só de ruindade, é trabalhoso de recolocar e não atrapalha em nada, e no processo ele tirou do lugar minha carteira de vacinação, ou tra coisa bem chatinha de encaixar de volta.

Fe estava me esperando, e compramos lá no aeroporto um chip de telefone, alias retiramos de grça, sendo preciso fazer uma recarga minima, na hora, de 30 dólares; ela vai me passar o aparelho dela, assim fico com telefone, internet online e máquina fotográfica; vamos sair esta semana para comprar um notebook – aqui é mais barato que no Brasil, e o meu já está velhinho, tem uns 6 anos bem vividos, todo arranhado e está falhando, formatei duas vezes no ultimo ano sem muito sucesso.

Hoje é dia 17 – a gente perde um dia quando voa por este lado do globo, e meu vôo durou mais de 24 horas, depois de uma boa noite de sono em uma cama – quem consegue descansar em avião? Ou o piloto não pára de falar com os passageiros, ou é a aeromoça oferecendo comidinhas ou bibidinhas a cada duas horas ou é o barulho das turbinas do avião que não desaparece apesar dos protetores de ouvido.

No segundo vôo, eu vim sentada ao lado de dois gordos, o avião era mais apertado, as laterais tinham 3 assentos e não dois, eu tinha o espaço da janela para esticar meu braço, do outro lado mal podia me mexer, comer foi um malabarismo para usar só os dedos – a coitada do gorda que estava no corridor mal conseguia abrir o espaço destinado à bandeja pois ficava com a barriga esmagada, constrangedor…

Bem, amanhã tem mais.



 

Nenhum comentário: