Nara é uma cidade bem bonita. Já foi capital do
Japão entre 710 e 794, período que ficou
conhecido como Era Nara. Naquela época a cidade de Nara era conhecida como
Heijo-Kyo.
Como ponto turístico, é conhecida pelo
Parque dos cervos sagrados.
Conta a lenda que o deus Takemikazuchi apareceu para proteger a cidade montado em um veado branco. A partir daí os cervos forma considerados animais sagrados. Matar um desses cervos sagrados era uma ofensa capital punível com a morte até 1637, a última data registrada de uma violação dessa lei.
O deus Izanigi-no-Mikoto, um dos criadores do Japão, decapitou seu filho Kaguzuchi, o deus do fogo, e gotas de sangue caíram de sua espada Ame-no-Ohabar, originando 3 deuses taoístas, um deles Takemikazuchi (Take – marcial’mikazuchi = relâmpago) Em um embate entre os deuses do céu (Amatsu-Kami) e os deuses da terra (Kunitsu-Kami), Takemikazuchi cravou uma espada no chão, com ponta para cima, e se sentou sobre ela sem se ferir, em uma demonstração que sua provava a sua invulnerabilidade. Ele ganhou a batalha e pacificou o país.
Biscoitos de sembei – feitos de
farinha de arroz – são dados aos cervos, quando acaba a gente abre as mãos e
mostra para eles entenderem que acabou a comilança. Não tem gosto de nada, ao
contrário dos sembeis para humanos, mas eles adoram aquela coisa insossa.
O parque é um dos "Locais de Beleza Cênica" designados pelo Ministério da Educação e Cultura do Japão. O parque abriga o Museu Nacional de Nara e o Todai-ji. Outros templos, como Kofuku-ji e Ksauga-taisha, ficam em suas margens.
Templo Todaiji (=Grande Templo Oriental )
Aí está a maior estátua de Buda do Japão feita em bronze: Daibutsu, o grande Buda de bronze.
Aí está a maior estátua de Buda do Japão feita em bronze: Daibutsu, o grande Buda de bronze.
O templo foi construído pelo imperador Shomu (728 d. C.) para consolidar o
budismo no país, em uma tentativa de consolidar o poder em um período
particularmente instável da história do país, com revoluções, epidemia de
varíola e outros contratempos.
Curiosidades: Tōdai-ji serviu
como sede administrativa central para os templos provinciais e para as seis escolas budistas que
existiam no Japão naquele momento: Hosso, Kegon, Satyasiddhi, Sanron, Ritsu e Kusha.
Em 743, o Imperador
Shomu emitiu uma lei em que
afirmava que todas as pessoas deveriam se envolver diretamente no
estabelecimento de novos templos budistas em todo o Japão. Sua crença pessoal era de que mostrando tal piedade iria inspirar o budismo e proteger o país.
Dizem que quem conseguir passar por esse buraco na pilastra, que tem a largura da narina da estatua do Buda, tem sorte, saúde e vida longa. O pessoal ficou se espremendo e alguns passaram.
Estátuas do templo - estão na entrada, ao lado do portão.
Bodisatva Nyoirin-kannon (Avalokiteshvara) – representa a suprema compaixão de todos os Budas.
Bodisatva Nyoirin-kannon (Avalokiteshvara) – representa a suprema compaixão de todos os Budas.
Bodisatva Kokuzo (Akasagarbha) – representa a sobedoria
do Buda.
Komokuten, o guardião do Oeste, com um pincel na mão.
Tamonten, , o guardião do Norte, com uma pagoda na mão.
Tamonten, , o guardião do Norte, com uma pagoda na mão.
Olhem o detalhe das borboletinhas, achei gracioso, mas como não sei ler a placa em hiragana, não entendi o significado delas. Peninha.
Templo shintoísta Kasuga Taisha
oferenda de sakê na entrada do templo - pilhas imensas de barris da bebida
...e do outro lado, uma pilha de vinhos bordeaux!
O caminho para o templo de Kasuga passa pelo Parque dos Cervos.
O Kasuga-taisha e os cervos foram apresentados em várias pinturas e obras de arte do período Nambokucho. Mais de trezentas lanternas de pedra se alinham ao caminho.
O templo de Kasuga, e a Floresta Primordial de Kasugayama perto dele, são registrados como patrimônio universal da UNESCO.
Esse templo xintoísta é famoso pelas 3 mil
lanternas de pedra que margeiam o caminho até o templo, e lá dentro centenas de
lanternas penduradas nos corredores vermelhos dão o toque especial. Foi
construído pela primeira vez em 710, e demolido e reconstruído 50 vezes ao
longo dos anos (de acordo com a tradição xintoísta, os templos eram demolidos e
reconstruídos iguais a cada 20 anos!) até a construção atual preservada de 1863.
Esse portal de entrada chama-se torii.
A flor que se desenvolve bem em Nara é a glicínia, que floresce em maio.
Fotos minhas, de Alexandre Massao, Conrado Júnior. Obrigada, amigos. Eta, turminha alegre!
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